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  • Quatro dicas para 2024 | #4: Terapia

    Acompanha a série de postagens "Quatro dicas para 2024", na qual compartilho ferramentas que têm me acompanhado há alguns anos e que podem te ajudar a viver de forma mais alinhada com as tuas verdades. Minha quarta dica fala sobre algo que considero imprescindível, que é a terapia. Pra mim, minha sessão de análise é absolutamente inegociável. Se tu leu a dica #3, sobre a importância de uma prática espiritual, te digo que acredito fortemente que eu não teria aceitado muita coisa que aceitei se tivesse me mantido em terapia, isso para citar apenas algumas das encrencas das quais teria me livrado (ou nem teria me metido). Na época, eu achava que a espiritualidade bastava e passei a ir na terapeuta quando eu achava que precisava, ou seja, quando a casa já estava pegando fogo. Mas não é assim que a coisa funciona, terapia não é fast food. Dica #4 para 2024: Terapia Mas pra quê, afinal, serve a terapia? A importância da terapia na saúde mental ficou evidente durante a pandemia de Covid-19, ajudando a quebrar o mito de que terapia é pra quem “não está bem da cabeça” e preconceitos do tipo. Exteriorizar nossos conflitos, nossos medos e nossas angústias, em primeiro lugar, é permitirmo-nos entrar em contato com o que nos afeta e nos assola. Podemos ouvir a nós mesmos. Somos ouvidos. A partir daí, temos a oportunidade de fazer vir à tona nossa própria versão do desamparo humano para então lidar com ele e passar a pensar em formas mais interessantes de tapar esse vazio do que os nossos bons e velhos sintomas de sempre (considerando que eles não estão mais nos servindo ou dando conta do recado). Mas, para a psicanálise, linha em que eu atuo atualmente, vai precisar mais do que um desconforto, mais do que a mera necessidade de mudança. Não há processo analítico possível sem que a pessoa o deseje. A pessoa tem de estar disposta a dialetizar seus problemas, suas crenças. É preciso, mais do que desejar “se livrar” de seu sintoma, ter pelo menos uma curiosidade a respeito dele, buscando saber qual é o seu papel nessa trama. O campo de trabalho do analista não é o do sofrimento em si, mas sim o modo de relação do sujeito com seu sofrimento. Se ficou interessada(o), me escreve para marcarmos um primeiro contato.

  • Quatro dicas para 2024 | #3: Nutrição do espaço interno — prática espiritual

    Acompanha a série de postagens "Quatro dicas para 2024", na qual compartilho ferramentas que têm me acompanhado há alguns anos e que podem te ajudar a viver de forma mais alinhada com as tuas verdades. Hoje venho dar minha terceira dica pra um ano mais alinhado com a nossa verdade, que é a de estabelecer regularmente uma conexão interna, ou desenvolver uma prática espiritual que nos permita sentir de alguma forma amparados. Acessar esse lugar interno pode ser a chave para termos algum nível de segurança para lidar com a vida como ela é, com suas alegrias e seus desafios intrínsecos. Considero muito relevante acharmos meios de nutrir nosso espaço interno para que tenhamos um mínimo de estabilidade emocional para poder lidar com as dificuldades da vida quando elas se apresentam (e elas vão com certeza aparecer, queiramos nós ou não). Eu já passei por um bom quinhão de perdas e desafios desde bem nova, e a espiritualidade tem sido um dos elementos que me permitem ter estrutura para me manter o melhor possível mesmo nesses períodos Dica #3 para 2024: Nutrição do espaço interno — prática espiritual Uma prática espiritual pode te ajudar a dar sentido para o que te acontece, a acomodar o que talvez de outra forma fosse inacomodável para ti. Ela serve para coisas pequenas, como ajudar a lidar melhor com as diferenças e as dificuldades nas relações interpessoais, e também para coisas grandes, como a perda de alguém amado, por exemplo. Uma prática espiritual regular pode contribuir para que tu te torne uma pessoa mais tranquila, mais segura e inclusive mais satisfeita com a vida. Mas também preciso dizer que nem tudo são flores no caminho espiritual, ainda mais quando há uma instituição por trás dele. Tenho uma caminhada espiritual sólida, dedicada e comprometida, desde 2002. Então, nesses 22 anos, posso dizer que já vi e vivenciei um tanto de coisas. Em alguns momentos, em nome de uma espiritualidade que hoje acho ingênua, fiz escolhas que considero que não foram benéficas pra mim mesma e hoje faria (faço) muito diferente. Acredito que uma espiritualidade saudável deva conseguir equilibrar a vida espiritual e a vida cotidiana com sensatez e que ninguém deveria jamais precisar abrir mão de sua capacidade de reflexão e de questionamento diante do que é pregado por líderes ou professores religiosos. Também não compactuo com a ideia de sacrificar esta vida por uma vida futura, acredito que a espiritualidade deva te fazer um ser humano melhor ao expandir tua compreensão da vida e das condições a que estamos sujeitos, e não te limitar ao incutir medos e ameaças. Um dos principais motivos que me levaram a publicar o livro Desenvolvendo sua espiritualidade é que uma prática espiritual independente, para muito além de liberdade, requer uma postura de reflexão, de curiosidade e de autorresponsabilidade, elementos que considero chave na vida de qualquer pessoa que esteja buscando viver uma vida digna e interessante. Ficou com vontade de saber mais sobre o livro Desenvolvendo sua espiritualidade — um guia para a prática espiritual independente , outra preciosidade da inglesa Lara Owen? Leia mais sobre ele aqui.

  • Quatro dicas para 2024 | #2: Geobiologia

    Acompanha a série de postagens "Quatro dicas para 2024", na qual compartilho ferramentas que têm me acompanhado há alguns anos e que podem te ajudar a viver de forma mais alinhada com as tuas verdades. Volto hoje com mais uma dica para ajudar a planejarmos um ano bacana, com mais consciência e mais alinhado com nossos propósitos. Pelo menos em relação à parte que nos cabe, né? Como virginiana que sou, sempre me interessei por assuntos de alguma forma conectados com organização e limpeza, seja interna ou externa, sutil ou grosseira. Para mim, a organização (e limpeza) externa tanto reflete a interna quanto a beneficia ou atrapalha. E isso vale para a limpeza grosseira, aquela conseguida com água e sabão, e para a limpeza mais sutil, que, embora seja da ordem do invisível, também exerce grande influência sobre nós e nossos estados mentais e de saúde, e que requer ferramentas também invisíveis para acontecer. Para realizar a limpeza pessoal e dos ambientes, há quase 20 anos, conto com o auxílio da geobiologia espiritual e dos demais trabalhos desta linha. Já ouviu falar? Dica #2 para 2024: Geobiologia espiritual, limpeza e harmonização pessoal A geobiologia espiritual — ou geobiologia dévica — provém de um conhecimento baseado na interação entre o espaço construído e a saúde das pessoas que usufruem desse espaço, oferecendo uma limpeza profunda ao neutralizar ou transmutar as energias nocivas que prejudicam a vida no planeta. Essa técnica foi desenvolvida por Christan Hummel, que durante um tempo pesquisou sobre despoluição e harmonia ambiental com Drunvalo Melchizedek (geometria sagrada), Bob Dratch (frequências de som) e Slim Spurlim (aparelhos quânticos). Ela então reuniu esses conhecimentos ao seu trabalho e o chamou de geobiologia. A geobiologia vale-se de um ritual que primeiramente limpa o ambiente e depois faz uma energização e o ancoramento espiritual para que o espaço se mantenha harmonizado e em consonância com suas qualidades primordiais. Essa técnica atua em colaboração com os nossos anjos da guarda pessoais, com os devas do local, com a energia crística e de São Miguel, entre outros guias e protetores dessa egrégora. Eu o realizo a distância e para isso, preciso somente do endereço completo do local que se deseja curar. Na Geobiologia Ambiental, curam-se: energia verde elétrica nociva (toda a contaminação elétrica — aqui incluem-se as antenas de todos os tipos); veios de água subterrâneos poluídos; rede de linhas Hatmann, Curry e Peyré (linhas magnéticas que formam uma rede cobrindo toda a superfície da terra e que fazem parte da fisiologia do planeta, não apresentando qualquer risco, mas que, quando se cruzam, podem alterar o comportamento de tecidos e órgãos, modificando a química celular e o processo hormonal); zonas geopáticas nocivas (tudo o que acontece de bom ou de ruim deixa sua vibração impregnada no local, que vão se acumulando - são os registros da história passada da Terra); energias nocivas de vizinhos; formas-pensamento negativas (nossos pensamentos permanecem como formas presentes no astral, interferindo na nossa energia e nas situações que atraímos para nossa vida); energias de falecidos; energia preta (magias, inveja, maldições); memória de parede (as paredes guardam o registro de tudo o que acontece dentro de um imóvel); memória celular negativa (onde alguém toca, deixa sua energia, boa ou ruim, que vai se espalhando pelo local). As energias são medidas antes e depois do trabalho e eu dou um feedback depois que o trabalho tiver sido realizado. É aconselhável também fazer o trabalho de limpeza e harmonização pessoal das pessoas que moram nesse local, porque tanto são influenciados pelo ambiente quanto o influenciam. Esse trabalho também é feito a distância e só preciso do nome completo da(s) pessoa(s). Na Limpeza e Harmonização Pessoal, são limpos e/ou alinhados: corpo físico corpo etérico corpo mental corpo emocional formas-pensamento negativas energia preta energia de falecidos Além do trabalho de limpeza e harmonização dos espaços e de pessoas, pode-se também fazer a limpeza e harmonização de: animais carros empreendimentos e empresas processos jurídicos relacionamentos vida profissional e finanças Se te interessou por algum dos trabalhos da geobiologia pra começar 2024 do zero, entra em contato comigo.

  • Quatro dicas para 2024 | #1: YearCompass

    Acompanhe a série de postagens "Quatro dicas para 2024" onde compartilho ferramentas que têm me acompanhado há alguns anos e que podem te ajudar a viver de forma mais alinhada com as suas verdades. Mesmo que sejamos descrentes do ritual de entrada do ano novo ou que consideremos que ele só começa com o novo ano astrológico, queiramos ou não, a virada tem uma potência de renovação que nos afeta. Um novo ano que desponta normalmente traz consigo a possibilidade de escolhermos nos reinventar, de tentarmos outra vez, de fazermos algo diferente no futuro que se abre à nossa frente — é como se subitamente ganhássemos uma carga de energia (ou esperança) a mais. Muitas pessoas marcam essa vontade de mudança com rituais e ações que vão das mais simples às mais elaboradas, algumas compartilhadas pela cultura, outras bem pessoais. Além disso, é um tempo também em que as pessoas aproveitam para (re)organizar a vida: esvaziar gavetas, limpar coisas em casa que no dia a dia não dá tempo, reavaliar rotas, planejar novos projetos... é literalmente, um tempo de preparação, de limpeza de terreno. É a hora de abrir, intencionalmente, espaço para o novo. Pra te auxiliar nesse processo, nesta semana e na próxima, em que a gente ainda está engrenando no ano novo, vou oferecer quatro dicas para 2024, de coisas de que me valho que têm me acompanhado há vários anos e que têm funcionado pra mim. Espero que elas te ajudem a viver um ano mais alinhada com a tua verdade. Feliz 2024! Dica #1 para 2024: YearCompass O YearCompass é um livreto gratuito que te ajuda a refletir sobre o ano que passou e planejar o próximo. Oferece um conjunto de perguntas selecionadas e exercícios para te auxiliar a descobrir teus próprios padrões e planejar teu ano acolhendo o que não deu certo e celebrando o que foi conquistado, para, a partir dessa reflexão, estabelecer com consciência o caminho que tu deseja seguir. Para isso, tudo o que tu vai precisar são de algumas horas de quietude na companhia do livreto. São algumas horas mesmo (mas vale a pena cada minuto empenhado nessa tarefa), e por isso eu alterno entre silêncio e músicas que me permitem relaxar e focar no que preciso deixar vir à tona. Pode ser uma boa ideia montar um ambiente que inspire tranquilidade: acender uma vela e um incenso, se isso fizer sentido pra ti, pode ser um bom jeito de ajudar a te centrar e te abrir para essa experiência. Tu consegue baixar o Year Compass aqui: https://yearcompass.com/br/. Eu sugiro imprimi-lo, para que fique facilmente disponível para ser acessado ao longo do ano e também porque a escrita à mão tem seus poderes... Depois me conta se já conhecia essa ferramenta, se ela já faz parte da tua rotina de preparação para o ano novo ou se tu curtiu a ideia e vai experimentar. E se tiver uma dica pra passar, me escreve aqui nos comentários!

  • Especial TPM: não mate a mensageira

    “A TPM me impediu de enganar a mim mesma.” Essa frase é do livro Seu Sangue é Ouro, da Dra. Lara Owen, mas poderia ter sido escrita por muitas de nós que decidimos acompanhar e observar atentamente o nosso ciclo menstrual. A fase pré-menstrual costuma ser a mais temida do ciclo menstrual e hormonal feminino e, junto com a ovulação, divide a responsabilidade pela decisão de tantas mulheres bloquearem a livre expressão de seus hormônios naturais. Quando não entendemos bem a função das coisas, olhamos para elas com um olhar ingênuo de gosto/não gosto, me beneficia/me atrapalha e, como não conseguimos ver para além dos (possíveis) incômodos, tratamos de achar um jeito de suprimi-los por completo. Nem nos damos conta que isso se torna um jeito de olhar a vida. E assim vamos tentando desesperadamente ficar só com o que é confortável, doce, suave... e vamos tendendo a uma superficialidade, a uma preguiça de nos debruçarmos sobre o que é mais complexo, que requer que se olhe com mais tempo, com mais profundidade... (e essa pressa é praticamente a ordem do dia :-/). Sim, é mais fácil engolir um comprimido qualquer para fazer uma dor passar e há momentos pontuais em que precisamos mesmo de um analgésico, mas o custo de fazer isso vez após vez é que podemos nos anestesiar um pouco a cada dia — e o pior, sem nem perceber. Mas o que exatamente acontece durante a TPM? E se olhássemos esse fenômeno a partir desta pergunta: Passemos da maneira usual de olhar para esses sintomas para, em vez de vê-los como algo desagradável, que deve ser mudado, encará-los como algo potencialmente útil. O que poderia ser útil em ser hostil? Em se deixar levar pelas emoções? Em chorar, gritar e esbravejar? — Dra. Lara Owen, Seu Sangue é Ouro, p. 92) Sabemos que a cultura em que vivemos exige que cortemos pedaços de nós mesmos para caber em determinados lugares. Pensando nos impedimentos estereotipados que se impõem, os que mais rapidamente nos vêm à mente é o fato de que, assim como ao homem é negado chorar, à mulher é negado sentir raiva e desejar. Não poder expressar o que se quer provavelmente vai levar à raiva. E como fechar essa conta se não nos é permitido sentí-la? Em algum momento, ela será direcionada para algum lugar — às vezes de maneiras catastróficas. É mais ou menos isso que vemos acontecendo no que convencionamos chamar de TPM. Como podemos fazer para não deixar que as coisas cheguem nesse ponto? Bem, aí é que entra a importância da auto-observação, com a consequente elaboração e o encaminhamento do que foi percebido. Com certeza dá mais trabalho do que tomar uma pílula qualquer e se anestesiar de alguma forma, mas os ganhos são muitos, e duradouros! Como lidar melhor com a TPM? A primeira coisa, então, é buscar dar um passo atrás e tentar não ser simplesmente reativa com o que atravessa você nesse período, para então poder perceber que incômodo é esse que surge dentro de você — que situações que a incomodam? Você começa a implicar com algo ou alguém? Vá tentando mapear o terreno, ver por trás das aparências, descolando-se da história que você conta para si mesma a partir da situação, para assim ganhar um conhecimento mais profundo de si. A partir dessas observações (é bom que sejam anotadas), você vai poder ter mais clareza do que está acontecendo e poder refletir sobre suas questões. E é muito aconselhável também levar suas observações e reflexões para a terapia, para poder elaborar o que surgiu e inclusive deixar vir à superfície o que ainda não está claro para então se reposicionar diante do que está lhe incomodando. Nesse contexto de TPM, falamos bastante da raiva e das explosões de emoções, mas muitas vezes, essa raiva é dirigida a si mesma. Pode ser que a raiva autodirigida evite conflitos nas relações, mas surge o risco de se desenvolver uma série de doenças físicas e mentais, como depressão, pressão alta e câncer, para citar algumas. E aí entra, novamente, a importância da auto-observação para ter clareza do que está acontecendo e poder encontrar meios de processar, elaborar e se posicionar diante do que está incomodando para buscar alternativas para mudar a situação. Então, voltando à pergunta, o que poderia ser útil em ser hostil, em se deixar levar pelas emoções, em chorar, gritar e esbravejar? É meu desejo genuíno que cada uma de nós possa encontrar suas próprias respostas. E se quiser, compartilhe seus aprendizados aqui nos comentários! Seguimos juntas!

  • Lançamento: Desenvolvendo sua Espiritualidade

    Editora Lótus 22 publica novo livro da Dra. Lara Owen, que explora o caminho espiritual independente Uma das características de uma editora pequena é a de que o editor acaba publicando títulos com os quais ele cria uma relação. No livro de estreia da Lótus 22, o Seu Sangue é Ouro, trouxe essa motivação em seu prefácio e agora venho aqui para uma conversa mais próxima a respeito do Desenvolvendo sua Espiritualidade. Aos 20 anos, me envolvi em práticas terapêuticas que tinham um olhar poético para o sagrado e de lá pra cá trilhei, consecutivamente, com muita entrega e devoção, dois caminhos espirituais. E, ao longo desse percurso, fui observando que, ao nos filiarmos a uma religião institucionalizada, é comum que alguns aspectos nossos, sobretudo os internos, sejam deixados de lado. Isso pode fazer com que, em alguns momentos, sintamos que não cabemos dentro do que é proposto, que pedaços de nós não são contemplados pela nossa própria prática espiritual, às vezes contribuindo para sentimentos de inadequação e isolamento. Por que publicar um livro como o Desenvolvendo sua Espiritualidade? Pra mim, um ponto principal dessa obra é nos ensinar a acolher e integrar todas as nossas partes na relação com o sagrado, sem que precisemos “cortar pedaços” de nós mesmos. Por vezes nos ensinam uma noção de espiritualidade que não abarca a complexidade da nossa humanidade, muitas vezes inserida numa instituição que acaba precisando olhar para o coletivo em detrimento do individual. O Desenvolvendo sua Espiritualidade é um livro que foi escrito a partir de um curso que foi dado pela Dra. Lara Owen e aprimorado em anos posteriores. Foi desenvolvido para ser uma experiência, vivida em 13 lunações (13 meses). Ao longo dos capítulos, ela aborda cada detalhe da prática espiritual independente, integrando os aspectos externos (ambiente externo / material / natureza) e os internos (história pessoal, vida psíquica, emocional e onírica) à prática espiritual. O novo livro da Lara Owen é só para quem busca uma prática independente? O Desenvolvendo sua Espiritualidade é um livro que pode ser de benefício também para quem tem um caminho espiritual tradicional, pois pode apoiar a sustentação da sua prática, tornando-a mais pessoal, auxiliando a tornar o caminho em algo mais íntimo e pessoal. Mesmo tendo uma proposta para uma prática espiritual independente, também auxilia na formação de um olhar crítico e realista da espiritualidade como um todo, ajudando a evitar que se entre em caminhos sem consistência ou que se siga um professor espiritual cegamente ou que não tenha de fato uma realização genuína. Lara Owen nos empresta uma lente questionadora, objetiva e pé no chão para seguirmos nossa trajetória individual e aborda, com honestidade e clareza, os prós e os contras de se seguir um caminho institucionalizado ou um mestre espiritual e também as armadilhas frequentes na busca pela espiritualidade. O Desenvolvendo sua Espiritualidade traz a espiritualidade para a vida cotidiana, quebrando a ideia muitas vezes comum de que nossa vida espiritual está separada da nossa vida cotidiana. E, justamente ao quebrar a barreira entre "sagrado e profano", há um ganho não só em profundidade, mas também de confiança e segurança na prática espiritual. O livro Desenvolvendo sua Espiritualidade, da Dra. Lara Owen já está disponível para a venda em nossa loja virtual. Entregamos para todo o Brasil.

  • Sonhos menstruais

    Os conteúdos dos sonhos durante o ciclo menstrual são uma rica fonte de sabedoria sobre você mesma e seu interior. Sonhos fazem parte da nossa realidade, afinal, passamos cerca de 1/3 da nossa vida dormindo. Para as mulheres, essa questão pode ser ainda mais importante, uma vez que temos, durante nosso ciclo, uma fase específica em que naturalmente queremos passar mais tempo dormindo, contemplando e descansando — ou pelo menos seria esperado que fosse assim — e, dessa forma, nos relacionarmos com nossos sonhos menstruais. Para que servem os sonhos? De filósofos a neurocientistas, de xamãs a artistas, desde sempre nos indagamos sobre o que são os sonhos e para que eles servem. Pesquisas recentes apontam para uma função de aprendizado do cérebro sobre o funcionamento do corpo. Outros estudos mais tradicionais os relacionam com a memória e a organização de informações e aprendizado. Por outro lado, existem segmentos místicos, ligados ou não às religiões tradicionais, que entendem sonhos como parte do desenvolvimento espiritual e da conexão com o divino. Culturas xamânicas acreditam que eles são via de comunicação com ancestrais e com os espíritos. Já alguns povos originários, como os Yanomami, utilizam o sonho como uma ferramenta de conexão com o Todo e um canal de informação sobre tudo que os rodeia. Os sonhos em cada fase do ciclo menstrual Segundo Patricia Garfield, acadêmica especializada no estudo dos sonhos, os "sonhos são um estado fisiológico, com significados simbólicos e psicológicos". Assim, podemos ativamente utilizá-los como fonte de aprendizado. Em suas pesquisas, ela aponta que existem evidências sobre os padrões dos sonhos das mulheres e como eles se alteram ao longo do ciclo menstrual: Sonhos no período ovulatório Antes e depois da ovulação, é provável que ocorram sonhos sexuais, sociais ou que tenham a presença de figuras masculinas amigáveis. Sonhos no período menstrual Os conteúdos que surgem durante o período menstrual tendem a acompanhar as fases da menstruação, descritas por Lara Owen no livro Seu Sangue é Ouro. São elas: preparatória (alguns dias antes), fluxo mais intenso e liberação, esvaziamento (diminuição do fluxo) e a fase da sabedoria (final do período). Na primeira fase, podem ocorrer sonhos de limpeza (piscinas sendo esvaziadas, líquidos saindo de torneiras). A segunda pode incluir pesadelos, sonhos com a cor vermelha ou mesmo sonhos bastante emocionais. Na fase de vazio, é comum ter uma noite sem sonhos ou sonhos pacíficos. E a fase da sabedoria pode trazer sonhos que tratem de questões importantes em sua vida, informações que podem ir sendo elaboradas em sua mente consciente ao final do período menstrual. Sonhos no período pré-menstrual Nesse período, os conteúdos dos sonhos podem se tornar mais desagradáveis, violentos, e podem incluir a presença de figuras masculinas hostis e memórias de dores do passado. "Essas memórias intensificadas vêm à tona durante o período pré-menstrual para serem reconhecidas e liberadas. Elementos de sombra da personalidade — aspectos de sua própria natureza com os quais você escolheu não se identificar e com os quais se condicionou a se identificar — também irão aparecer durante o período pré-menstrual". — Lara Owen, Seu Sangue é Ouro, p.150. Sonhos menstruais: uma porta para seu interior "Sonhar, visualizar e imaginar são capacidades que estão conectadas e diretamente aliadas a nossa habilidade de nos desenvolvermos espiritualmente. Quando sonhamos, visualizamos e imaginamos, vemos com o olho interno e temos acesso a um conhecimento interior que tem um canal direto com o consciente coletivo". — Lara Owen, Desenvolvendo sua Espiritualidade, p.119. Para Lara Owen, o sonho é uma expressão única do nosso ser. Se não prestamos atenção a eles, principalmente nos sonhos menstruais, estamos perdendo uma oportunidade maravilhosa de nos conhecermos verdadeiramente, uma vez que a linguagem dos sonhos, sendo inconsciente, nos permite acessar conteúdos e informações que talvez não consigamos de forma racional e consciente. Esse assunto é tão importante para ela, que ela dedicou um capítulo inteiro do livro Desenvolvendo sua Espiritualidade, recém lançado pela Editora Lótus 22, à investigação dos sonhos. Na lição da Lunação 6: Sonhos, Desenvolvimento e Imaginação, ela fala sobre história e interpretação de sonhos; sobre a abordagem psicológica e arquetípica deles proposta por Jung; apresenta os níveis de sonhos (vida diária, psicológicos e transpessoais) e traz informações sobre sonhos lúcidos. Como lembrar dos sonhos menstruais Um ponto interessante em relação a lembrar dos sonhos trazido por Nadam Guerra — artista, estudioso de sonhos e Doutor em História da Arte — é que, para que isso aconteça, precisamos, primeiro de tudo, dar importância ao sonho. Dificilmente conseguiremos nos recordar, se não nos interessamos pelo que eles têm a nos dizer. Para dialogar com eles, outras formas interessantes para valorizá-los são: falar sobre eles com outras pessoas e registrá-los. Você pode fazer diferentes tipos de experimentações e perguntas sobre seus sonhos antes de dormir, intencionando lembrar deles. Ajuda muito escrever em um diário ou caderno, um local que você possa rapidamente escrever logo ao acordar, antes que a informação se perca. Nem sempre você conseguirá se lembrar de tudo, não há problema, anote o que conseguir. Dialogando com os sonhos A tentação de procurar no Google pelo significado de um sonho sempre é grande, ou mesmo de levá-lo a algum intérprete, ao psicólogo ou analista, e até para algum amigo mais intuitivo, porém existem outras formas de interpretar e dialogar com os sonhos menstruais. Guerra nos propõe algumas maneiras: Sentir no corpo, investigando que sensações ou sentimentos as imagens despertam em você; Sonhar acordada, se colocando no lugar dos personagens, símbolos ou elementos do sonhos e se perguntando o que querem dizer e qual é a relação entre eles; Escrever. Ao lermos o sonho como um texto, podemos compreendê-lo como uma metáfora do que está acontecendo em nossas vidas; Desenhar, tornando o sonho uma imagem e buscando entendê-lo pelas relações espaciais; Perguntar para o sonho. Ao sonhar com algo que não conseguiu compreender ou se relacionar, na próxima noite, antes de dormir você pode pedir ao seu inconsciente que te traga mais informações ou respostas. "No início, anote tudo. Realmente vale a pena fazer isso, porque você entenderá sua própria vida onírica de uma maneira que nenhum livro ou terapeuta pode lhe ensinar. Afinal, são seus sonhos. [...] Em última análise, você deve se responsabilizar por sua própria capacidade de interpretar e de obter o máximo de sua vida onírica, porque é uma expressão única de seu próprio ser, assim como seu rosto e suas impressões digitais". — Lara Owen, Seu Sangue é Ouro, p.153. Referências Seu Sangue é Ouro — despertando para a sabedoria da menstruação, Lara Owen. Desenvolvendo sua Espiritualidade — um guia para a prática espiritual independente, Lara Owen. What are dreams for? — Amanda Gefter, The New Yorker, agosto de 2023. 5 maneiras de interpretar sonhos — Curso Experimental de Sonhos, Nadam Guerra. Patricia Garfield: On Dreams & Dreaming (excerpt) —Thinking Allowed DVD with Jeffrey Mishlove, YouTube, 2023.

  • Como lidar com a menstruação: dez conselhos (ruins) da história

    Dores menstruais não são nenhuma novidade, e nem as sugestões inovadoras sobre como lidar com elas. Traduzimos o curioso artigo* "How to handle your period: ten pieces of (bad) advice from history", do Wellcome Collection, museu e biblioteca gratuito que tem como objetivo desafiar a forma como pensamos e sentimos sobre a saúde. Confira: Conselho 1/10: use um eufemismo Vários termos foram usados ​​no passado para discutir a menstruação de forma não explícita. O termo flores foi usado por bastante tempo. Jane Sharp, parteira do século XVII, explicou que o termo veio da metáfora de que as frutas vinham depois das flores; a menstruação era um sinal de fertilidade, e os bebês viriam a seguir. Conselho 2/10: chame o barbeiro Peça a um barbeiro para fazer uma sangria... mas certifique-se de sangrar pelo tornozelo! Desde os antigos médicos gregos, como Galeno, até os manuais de medicina do século XVIII, o sangramento do tornozelo era recomendado como uma forma de drenar o sangue e estimular um fluxo suave durante a menstruação. Conselho 3 /10: não coma demais...nem "de menos" Médicos do século XVIII, como John Freind, acreditavam que a menstruação era uma importante válvula de segurança que permitia que o excesso de sangue fosse liberado pela parte mais fraca do corpo – o útero. Eles acreditavam que comer demais resultaria em uma maior quantidade de sangue e um fluxo mais intenso e que comer pouco (em um esforço para ficar elegantemente pálida e magra) faria com que o sangue engrossasse e não conseguisse sair. Conselho 4 /10: use seu sangue para dar um fora Aproveite a oportunidade para se livrar de pretendentes indesejados. Hipátia, astrônoma, matemática e filósofa da Grécia antiga, surgiu com a engenhosa cura para o amor não correspondido: para ajudar um homem a esquecê-la, ela “reuniu uma grande trouxa de seus panos menstruais e os abriu diante dele”. Ele a deixou em paz depois disso... Conselho 5/10: beba vinho, mas não qualquer um Beba vinho de arroz amarelo. O Yaohui Tukao (Illustrated Congregation of Drugs) de Yufeng Tang Zhuren, publicado em 1935 (o 24º ano da República da China), sugeriu que tomar vinho de arroz amarelo regularia a menstruação e harmonizaria o sangue. Conselho 6/10: misture vinho com cocaína Mais vinho! E com cocaína! Hall's Coca Wine era um tônico feito de Erythroxylon Coca - uma fonte de cocaína. Era particularmente recomendado para “doenças, tão comuns em mulheres” e prometia ter um efeito “verdadeiramente maravilhoso”. "O vinho é um restaurador, especialmente após a gripe e combate insônia, bronquite, neuralgia, anemia, fadiga mental, exaustão e distúrbios menstruais ("doença tão comum nas mulheres")". Conselho 7/10: que tal um suplemento? Tome suplementos hormonais. O Glanoid foi comercializado entre 1867 e 1930 pelo Armour & Co. Ltd., um frigorífico que vendia uma ampla gama de produtos de origem animal, incluindo esse antigo suplemento hormonal, usado para tratar problemas relacionados à menstruação, como anemia, amenorreia e menorragia. Conselho 8/10: prepare uma bebida com ingredientes duvidosos Beba um “Hysteric Julep”. A Farmacopeia de Senhoras de 1739 recomendava tomar algumas colheradas de "juleps histéricos" (julep é um coquetel de sabor doce, feito de xarope de açúcar, às vezes contendo álcool ou medicamentos) a cada três ou quatro horas para ajudar na menstruação. As receitas incluíam ingredientes como mamona, água de cereja preta, poejo e henna, que deveriam ser usados ​​nos piores casos para 'remover todo tipo de dor e mal-estar... dos vasos sanguíneos para dilatá-los e descarregar sua carga.' Conselho 9/10: use uma erva qualquer Use ervas para ajudar. Em 1657, o botânico William Coles recomendou a planta inula helenium (elecampane, conhecida por aqui como helénio, ênula ou erva-campeira) para muitas condições, especialmente purgação, flatulência e menstruação. Essa recomendação foi influenciada pela Materia Medica, do antigo grego Pedanius Dioscorides, uma enciclopédia tão popular que nunca saiu de circulação desde que foi escrita, por volta de 70 d.C. Hoje em dia, essa erva é recomendada para uso antisséptico e antibacteriano. Conselho 10/10: aposte na tecnologia Use um cinto eletropático. A Medical Battery Company recomendou o uso de seu cinto para uma série de condições, incluindo o que eles chamavam de doenças femininas. Seu anúncio de 1893 afirmava que a engenhoca "traria nova vida e vigor". Enquanto os espartilhos elétricos foram criados exclusivamente para mulheres, os cintos eletropáticos “curativos” da Harness foram projetados para ambos os sexos. Prometiam curar ou tratar reumatismo muscular, esgotamento nervoso, dores na lombar, problemas hepáticos e insônia. E você? Qual foi o pior conselho que recebeu sobre como lidar com a menstruação? Deixe seu relato nos comentários! *Este texto é uma tradução livre do artigo How to handle your period: ten pieces of (bad) advice from history, de Alice White, publicado no site Wellcome Collection em 30 de outubro de 2017. Original (em inglês) disponível neste link.

  • Breve história do sangue menstrual

    O que o passado tem a dizer sobre a relação que temos com o nosso sangue menstrual Aspectos culturais e sociais sempre influenciaram como as sociedades lidavam com o sangue da menstruação. Nos países industrializados do ocidente, de maneira geral, ainda observamos silenciamento, um estigma menstrual. Por outro lado, em culturas mais antigas o sangue menstrual era visto de forma positiva, sem a conotação de impuro, sendo considerado, muitas vezes, como sagrado. "Nas culturas matrifocais, o sangue era considerado um portador de magia, porque representava o mistério da força vital. Elinor Gadon sugere que “os primeiros rituais podem ter honrado o ciclo menstrual, o sangue do útero que nutre a vida nova”. O sangue foi o principal símbolo da fonte da existência e do mistério que nos traz a esta vida. Como tal, era reverenciado. O fato de que mulheres sangravam uma vez por mês significava que elas estavam mais perto dessa fonte. Esse poder inato presente no corpo feminino explicava em grande parte por que o inefável era reverenciado em forma feminina. (...)". "No sacramento da comunhão cristã, o vinho tinto simboliza o sangue de Cristo. Mas, por séculos antes de Cristo, o vinho tinto era usado como um símbolo do sangue da Grande Mãe, a Mulher Sagrada. Em muitas culturas, ocorrem cerimônias em que homens e mulheres tomavam o simbólico sangue da vida sob a forma de vinho tinto, por exemplo, nos mistérios dionisíacos e nos rituais tântricos. Às vezes, este era reconhecido conscientemente como um símbolo do sangue menstrual, o fluido mágico do qual a vida humana foi criada". — Dra Lara Owen, no livro Seu Sangue é Ouro. Nossa dualidade diante do sangue menstrual A jornalista britânica Rose George, autora do livro Nine Pints: A Journey Through the Money, Medicine, and Mysteries of Blood (sem versão em português) nos traz uma perspectiva bem interessante (e antiga) da dualidade de sentimentos e percepções sobre o sangue, o que ela chama de “natureza de duas faces do sangue” . Citada no artigo de Jerome Groopman, The History of Blood (A História do Sangue, em tradução livre), ela afirma que os povos antigos reconheciam a importância do sangue ao mesmo tempo que eram fascinados com seu mistério: "Para eles, o sangue era algo oculto — visível apenas ao escorrer de uma ferida, ou durante o parto, aborto espontâneo e menstruação — por isso tornou-se um símbolo tanto da vida quanto da morte". Essa natureza dual do sangue, também é explorada no mito da Górgona Medusa. Quando Esculápio (ou Asclépio) aprende a arte de curar, ele se torna capaz de salvar os moribundos e ressuscitar os mortos por ter recebido da deusa Atena, duas gotas do sangue de Medusa. Era dito que dois tipos de sangue corriam em suas veias: do lado esquerdo, seu sangue era letal; do lado direito, era vivificante. "Controlar o sangue era dominar a mortalidade, por isso, não nos surpreende que o sangue apareça com destaque em muitas tradições religiosas e que, embora nossa compreensão de suas funções seja mais sofisticada do que nunca, permaneçamos escravos de sua mística primordial". — Rose George, citada por Jerome Groopman Como isso soa para você? O que muda interna e externamente quando você passa a olhar o seu sangue menstrual como sagrado em vez de sujo e nojento? Referências: Seu Sangue é Ouro – despertando para a sabedoria da menstruação, Lara Owen. The History of Blood, Jerome Groopman, The New Yorker, 2019. If looks could kill: how Medusa became a potent political meme, Natalie Haynes. The Guardian.

  • 30 anos do livro Seu Sangue é Ouro!

    Lançado em abril de 1993 na Inglaterra e em junho do mesmo ano nos Estados Unidos, o livro Seu Sangue é Ouro ganhou uma primeira edição brasileira em 1994 e depois uma segunda edição em 2019, tradução da publicação revista e ampliada de 2008. Um long-seller, tornou-se um clássico da literatura sobre saúde e espiritualidade feminina, e continua a ser uma grande inspiração para ativistas e educadoras menstruais, assim como para muitas outras mulheres, em nível individual. Para celebrar, a Dra. Lara Owen estará online na sexta-feira, dia 19/5, às 9h, falando sobre como surgiu o livro e o que tem acontecido desde então, com foco na relação entre corporificação (embodiment), espiritualidade, feminismo e sociedades seculares. Será em formato de perguntas e respostas e debate. O evento é em inglês e você se inscreve no link abaixo:

  • Como plantar sua lua?

    "O que você sente quando vê o seu sangue menstrual? Ou você nem o vê? Como você lida com ele? Como você "descarta" seu sangue?" Essas reflexões que estão no Oráculo da Mulher Cíclica são um ponto de partida para a prática de Plantar a Lua, descrita também no livro Seu Sangue é Ouro, da Lara Owen, ambos aqui da editora Lótus 22. Como ainda recebo bastante questionamentos acerca esse ritual, disponibilizei, em nosso canal do YouTube, um vídeo sobre Plantar a Lua. E se tiver qualquer dúvida, entre em contato comigo pelo site ou em josi@lotus22.com.br que terei prazer em ajudar!

  • Maio acabou, mas o desafio do estigma menstrual ainda não

    Maio, o mês da visibilidade menstrual termina hoje, mas, infelizmente, estamos longe de estar em uma posição confortável. Quero compartilhar com vocês algumas informações recentes que podem nos auxiliar a entender mais sobre como estamos em relação à esses temas: Dra. Lara Owen, autora do livro Seu Sangue é Ouro, vem desde os anos 1990 estudando sobre a menstruação e terminou seu doutorado nesse tema em 2020, sendo reconhecida internacionalmente por seu trabalho pioneiro e contínuo sobre menstruação. Em dois dos seus artigos mais recentes, a Dra. Lara¹ aborda o impacto do estigma menstrual nas pesquisas acadêmicas sobre a menstruação e o uso do coletor menstrual por uma coorte de alunas da graduação em Melbourne, Austrália. No artigo PESQUISANDO OS PESQUISADORES: O IMPACTO DO ESTIGMA MENSTRUAL NO ESTUDO DA MENSTRUAÇÃO², fica evidente que até quem está buscando elucidar o tema menstrual sofre com o tabu em torno do tema: "...os pesquisadores menstruais ainda experienciam desafios que consideram ser relacionados ao estigma para a publicação de pesquisas sobre a menstruação, para a obtenção de cargos baseados em sua especialização e para captação de financiamento de longo prazo e em grande escala". Ao mesmo tempo, parece que estamos vendo iniciativas, aos poucos, ajudarem na sensibilização em relação à menstruação. Em ESTIGMA, SUSTENTABILIDADE E CAPITAIS: UM ESTUDO DE CASO SOBRE O COLETOR MENSTRUAL, Dra. Lara afirma: "A sustentabilidade como um valor fundamental foi colocado em primeiro lugar no desejo das participantes em usar o coletor, e a maioria o achou mais conveniente do que outros métodos. Esses fatores contribuíram para o aumento do capital cultural em torno da menstruação, a ponto de o coletor e seu uso serem descritos como “legais” (a palavra em inglês usada foi cool). Esse novo status facilitou a articulação da experiência menstrual com parceiros, pares e familiares, rendendo às usuárias maior ingerência e sensação de comunidade acerca de uma experiência que normativamente vem sendo construída como solitária e silenciada. O uso do coletor desvinculou as usuárias da economia de mercado dos produtos menstruais descartáveis, e, portanto, em certo nível, da sua narrativa estigmatizante e violência simbólica". Atualmente, a Dra. Lara Owen está oferecendo um curso online de um ano de duração, intitulado Contemporary Menstrual Studies (Estudos Menstruais Contemporâneos), que fornece a fundação interdisciplinar para estudos e práticas avançadas sobre o tema. Você consegue saber mais sobre o curso neste link. Essa é apenas uma das muitas iniciativas pelo mundo pelo fim do estigma menstrual. Mas é claro que ainda seguimos com muito o que fazer! Por isso, gostaria de encerrar com um texto incluído na Mandala Lunar de 2022, no dia da Visibilidade Menstrual, 28 de maio, e reforçar o convite: como podemos contribuir para essa nova realidade que tanto precisamos? "Menstruar é natural e saudável. Como seria viver em uma sociedade sem tabus ou sentimentos negativos relacionados à menstruação, em que nosso sangue não fosse motivo de constrangimentos e todas as pessoas que menstruam tivessem acesso aos produtos menstruais necessários? Como podemos contribuir para que isso se torne uma realidade?" Seguimos juntas! ¹ Dra. Lara Owen trabalhou para instituições globais, universidades e terceiro setor como consultora e pesquisadora sobre menstruação, menopausa e bem-estar e direitos das mulheres de forma mais ampla. Ela estudou, ensinou e pesquisou no Reino Unido, EUA e Austrália, e atualmente está envolvida em dois projetos de pesquisa interdisciplinar sobre legislação e políticas menstruais na Universidade de St Andrews e na Western Sydney University. ² Owen, L., (2022) “Researching the Researchers: The Impact of Menstrual Stigma on the Study of Menstruation”, Open Library of Humanities 8(1). doi: https://doi.org/10.16995/olh.6338

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